É Você Que Eu Amo
Idioma original: POR
Moça você me pergunta eu não sei responder,
por isso eu fico aqui parado sem saber porque!
eu que sempre fui valente, forte sangue quente não sentia dor,
moça eu to sofrendo,
to aqui morrendo,
por um grande amor!
Moça to meio sem jeito de me declarar,
por isso eu fico aqui calado sem poder falar,
falar de todos os segredos moça eu tenho medo do meu desengano,
que deus abençoe, moça me perdoe, mas é você que eu amo.
tá no ar, ta no meu olhar, no sol, na luz do luar
tá no meu sorriso.
tá na cor, no beijo do beija-flor, ta nas mãos de deus,
é tudo que eu preciso!!
Moça to meio sem jeito de me declarar,
por isso eu fico aqui calado sem poder falar,
falar de todos os segredos moça eu tenho medo do meu desengano,
que deus abençoe, moça me perdoe, mas é você que eu amo.
refrão:
tá no ar, ta no meu olhar, no sol, na luz do luar
tá no meu sorriso.
tá na cor, no beijo do beija-flor, ta nas mãos de Deus,
é tudo que eu preciso!!
quinta-feira, dezembro 04, 2008
quarta-feira, novembro 26, 2008
Coisas que penso, escrevo e acredito
"Minha loucura serve para ridicularizar alguns que acreditam na sanidade própria", José Carlos Benigno
“Ser visto como sano não pode ser uma questão de interpretação alheia, mas uma coisa de consciência própria”. (José Carlos Benigno)
“Ser visto como sano não pode ser uma questão de interpretação alheia, mas uma coisa de consciência própria”. (José Carlos Benigno)
Uma origem contada em poesia
Quem sou eu?
É como se do ventre viesse a origem
E a origem viesse do vento!
Contado num livro do começo em branco
Impresso do meio para o fim
Que confunde a expressão da escrita
Que dita um passado sem direito ao começo
E uma história sem direito ao passado
Um fruto ao chão da árvore
Supostamente filho da sombra
Sustentado apenas da hipótese
Que aprendeu a nutrir-se da sobra
Das folhas secas que o vento deixou
Parece mesmo coisa do vento
Que enquanto esteve aqui
Soprou ao longe a ameaça
Manteve úmido o espaço
E pediu à arvore a proteção
Ao fruto que soube sozinho
Não apodrecer criado ao chão...
Zé Carlos Benigno
O filho do Vento
Obs:
O cantor e compositor Joan Sodré, transformou esta poesia em música.
Meu discurso de formatura no curso de Administração
“Eu tenho um sonho”!
Estas são palavras do Dr. Martin Luther King Junior, pastor e ativista político estadunidense pertencente à Igreja Batista que tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis exatamente porque tinha o sonho de ver a igualdade (para negros e mulheres, principalmente), nos Estados Unidos e no mundo!
Luter King defendeu a não violência e fez campanhas em defesa do amor para com o próximo.
Tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Premio Nobel da Paz em 1964!
Seu discurso mais famoso e lembrado, leva exatamente esse título
"Eu Tenho Um Sonho".
Meus amigos e amigas!
Em nome dos formandos do Curso de Administração da Universidade Norte do Paraná, Unidade de Jacobina, eu gostaria de dizer que concordo com o Dr. Martin Luter King!
Não é possível viver plenamente sem ter um sonho!
A vida nada mais é que uma batalha constituída de sonhos!
E o desejo de realizá-los é que nos faz vencer cada etapa dela e crescer, nos tornando ativos durante a busca das nossas realizações!
Quem não tem sonhos, estagna, pára, torna-se inerte!
Sonhar é, sem dúvida nenhuma, a maior ferramenta que Deus nos concedeu para a prerrogativa das nossas conquistas!
Em sua sapiência ele ainda nos facultou o direito de escolher nossos sonhos!
“Tudo é possível a aquele que crer e sonha”! É bíblica a frase!
Há três anos, prestamos o vestibular para o curso de Administração e o dia de hoje, 15 de agosto de 2008, confirma essa tese com a realização de mais esse nosso sonho!
Foi proveitoso, durante esse período, olhar as coisas que aconteceram em seus mínimos detalhes! Porque é ai que a gente aprende!
A gente aprendeu com as aulas, com os professores, com os tutores, com o portfólio, com os colegas e também com as dificuldades!
É importante lembrar que ninguém se torna um vencedor sem ajuda, e, o que mais nos ajudou nesta missão foi exatamente a nossa própria força de vontade!
Infelizmente ainda existe muito preconceito com o ensino a distância!
Porém, indubitavelmente, ficou claro aqui durante estes três anos, que para aprender, muito mais importante que qualquer sistema de ensino aplicado, é a dedicação do estudante!
Nenhuma Universidade do mundo, presencial ou a distância, vai conseguir imprimir a ciência, sua filosofia, se o aluno não tiver interesse em aprender! É preciso, e devemos querer aprender, porque o maior patrimônio que, enquanto seres racionais, podemos adquirir durante a nossa vida, é exatamente o conhecimento! Ninguém toma o que o homem carrega na mente! Precisamos alimentar essa consciência!
E há uma prerrogativa nisso: a parte do nosso cérebro do tocante a caber conhecimento nunca enche!
Sua garagem oferece um limite à quantidade carros que suporta, sua casa oferece limite à quantidade de pessoas, a escola à quantidade de alunos, a Igreja à quantidade de fieis, e assim por diante!
Mas o cérebro não! Ele é como a imensidão do Universo! Vale ratificar: o cérebro nunca enche!
Foi assim que Deus nos fez! Com um pente de memória infinito e com o livre arbítrio para escolhermos o teor e a quantidade de conhecimento que queremos acumular para que assim percebamos que nunca é demais o saber, e que, a cada dia, devemos, mais e mais, aprender, aprender, aprender e aprender.....
Eu poderia aproveitar a oportunidade para falar um pouco do conhecimento que acumulamos durante o curso, a respeito de como administrar uma empresa, mas entendo que o momento é mais oportuno para dizer aos senhores que, de acordo com a última avaliação da ONU - Organização das Nações Unidas, o Brasil é o 72º país do mundo no ranking da Educação.
Isto significa dizer que existem 71 países à nossa frente quando o assunto é interesse por conhecimento, enfim, por aprendizado!
Se desconsiderarmos o Vaticano, na Itália e a Província de Formosa, na China, que são países, mas não são considerados pela ONU, teremos um total de 192 compondo as Nações Unidas, ou seja, o Mundo!
E ai o fato triste passa a ser mensurável, sendo necessário repetir: dos 192 países do mundo somos apenas o 72º, (lá em baixo) quando o assunto é educação! Quando o assunto é interesse por conhecimento científico!
Isso é preocupante!
Precisamos fazer alguma coisa! ! E sinto que, em caráter de urgência!!!
Há muitos anos, não posso precisar a data, mas lembro a época e sei que foi em algum ponto dos anos 70, eu, ainda criança, morava com uma tia-mãe, e, certa feita, revirava umas caixas que guardavam alguns objetos, lembro que um deles me chamou a atenção (um antigo disco de vinil, daqueles de 78 rotações com apenas uma música gravada). No centro dele a marca da gravadora: Continental, o nome do cantor: Francisco Petrônio e o título da música: Você também é responsável.
Me permitam citar a letra:
“Eu venho de campos, subúrbios e vilas,
Sonhando e cantando, chorando nas filas,
Seguindo a corrente sem poder participar,
Porque me falta a semente do ler e contar
Eu sou brasileiro anseio um lugar,
Suplico que parem, prá ouvir meu cantar
Você também é responsável,
Então me ensine a escrever,
Eu tenho a minha mão domável,
Eu sinto a sede do saber
Eu venho de campos, tão ricos tão lindos,
Cantando e chamando, são todos bem vindos
A nação merece maior dimensão,
Marchemos prá luta, de lápis na mão
Eu sou brasileiro, anseio um lugar,
Suplico que parem, prá ouvir meu cantar”
Recentemente pesquisei a vida de Francisco Petrônio e descobri que a música era ainda dos anos 60, deixando claro que ele via com preocupação sobre um tema que me parece ser bisavô do assunto.
Nós brasileiros, infelizmente em nossa maioria até por uma questão de cultura não gostamos de ler!
Isso é profundamente lamentável!
Monteiro Lobato dizia que “quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê”.
Para fazer justiça devemos reconhecer que os governos mais atuais já perceberam isso, e, de algum tempo, já vêm desenvolvendo políticas de educação. Mas é necessário que cada um de nós entremos nessa luta de corpo e alma! É como nos disse Francisco Petrônio em sua canção, já nos anos 60: “Você também é responsável”!
Eu penso que essa responsabilidade, vendo-a por um mínimo, deve ser a da adoção do conhecimento!
E esta adoção meus colegas, amigos e amigas, ela começará no momento em que adotarmos a nós mesmos e reconhecermos que estamos enfermos! Carentes do saber sobre todos os aspectos!!!
Felizmente essa mal ainda tem cura!
O caminho que nos conduz até o médico é a força de vontade, e o remédio para a cura está na leitura!
Mas pra que serve o conhecimento? É somente para povoar a mente? Claro que vai muito além disso!!!
Precisamos sobreviver!
Mas não apenas sobreviver! Precisamos também de dignidade!
O conhecimento é a condição para que sejamos atendidos de forma digna em nossa sobrevivência! Em nosso bem estar social!
Seja de forma empreendedora ou ocupando cargos na iniciativa privada ou pública, nossa condição econômica ou social vai depender da capacidade de cada um, adquirida através da dedicação e da força de vontade que tivemos no momento em que nos foi oportunizado o acesso ao conhecimento.
O Curso de Administração nos alertou sobre a velocidade com que as novas tecnologias surgem tornando necessário que a cada momento o mercado de trabalho exija novos profissionais.
Não é preciso ir muito longe para perceber esta realidade!
Existem por aqui milhares de empresas de sucesso gerando empregos e ajudando no desenvolvimento sócio econômico da nossa região que poderiam ser citadas aqui, mas gostaria de lembrar que a maior empresa privada, operando no nosso município atualmente, é a Yamana Gold! Ela gera mais de 1200 empregos diretos e centenas de outros indiretos.
Um dos seus diretores informou recentemente, em uma emissora de rádio, que infelizmente os cargos técnicos que oferecem melhores salários, são preenchidos com profissionais que vêm de outros estados porque aqui não existem pessoas capacitadas para tal missiva.
Ao que parece a velocidade da tecnologia foi maior que a do nosso interesse, e para ser justo acho que, nesse caso, faltou-nos, talvez, a oportunidade do acesso ao conhecimento. A Universidade, durante o curso nos chamou a atenção para isso!
Precisamos despertar urgente para esta realidade!
Não se pode negar que as opções de ensino estão aparecendo! Durante os últimos anos nossa cidade vem se transformando num Pólo de Educação, a partir das diversas unidades de ensino que estão se instalando aqui! Esta é a oportunidade de darmos nossa contribuição, investindo em nós mesmos, na luta para que o País saia dessa incômoda situação no tocante a Educação! Não há o tempo em que não se possa começar!
Pensem nisso!
Entendo que cometeríamos, aqui, hoje, um grande e lamentável equívoco se colocássemos esse momento como a celebração da conclusão de um curso que fizemos!
Podemos e devemos celebrá-lo como: o dia em que tivemos a consciência que a necessidade de aprender é infinita e que estamos, apenas, nos oferecendo a oportunidade de começar uma nova etapa desta infinita necessidade da convivência com o verbo aprender!
Pediria licença aos colegas para dizer que, a exemplo do Dr. Martin Luter King, eu também tenho um sonho e gostaria de encerrar este discurso dividindo-o com todos vocês!
Eu sonho em ver meu País repleto de gente capaz de ensinar, mas, sobretudo, com muito mais gente interessada em aprender!
Muito obrigado!"
José Carlos Benigno
15 de agosto de 2008
Ofereço este discurso a todos os professores que passaram pelo meu currículo escolar! Mas, em especial, ao professor Jonas Ferreira Filho, pilar principal do meu aprendizado, pela maneira austera e eficaz com que me conduziu a enxergar os maiores e melhores valores da minha existência. Meu eterno agradecimento a Jonas Ferreira Filho. Joninhas! Meu inesquecível professor!
sexta-feira, janeiro 18, 2008
Uma visão diferente
O incêndio ocorrido na madrugada da última quarta-feira, dia 16, na Rua Morro do Chapéu que destruiu totalmente a empresa Centro Automotivo Jacobinense com todos seus equipamentos e mais sete veículos, levando os empresários, Arnaldo e Adilson, á beira da falência, abriu fogo também numa questão que já vem largamente sendo discutida, pela sociedade, por outros acontecimentos semelhantes, mas que, até aqui, ainda não despertou a sensibilidade das autoridades competentes que podem e devem fazer algo em torno do problema.
O questionamento mais importante a ser feito nesse momento é: Até quando vamos continuar vendo incêndios destruindo patrimônios em Jacobina?
Deus tem sido generoso conosco porque, tem mandado o recado, mas até então, nenhum deles foi além dos prejuízos materiais.
Mas até quando o recado de Deus vai soar sem a vítima fatal? Ou vítimas fatais?
Nossos representantes precisam ter a consciência de que já é hora de, ao menos, capacitar pessoas para agir em momentos como esses. Não podemos esquecer que a Brigada Voluntária de Incêndios tem contribuído como pode, e, a exemplo de outros casos, evitou mais uma vez que a tragédia tomasse proporções maiores. Mas fatos como esses não podem continuar resolvidos de voluntariedade! Existem custos, pessoas a ser remuneradas, e, sobretudo precisamos atribuir responsabilidades à alguém! Ter pessoas a quem cobrar resultados! Embora úteis, sendo voluntários, não se pode obrigá-los a nada, afinal são voluntários.
Necessitamos de um órgão oficial capacitado para todo tipo de ação que não fique somente em torno de cuidar de apagar incêndios. Até porque as fatalidades, lamentavelmente, acontecem de outras formas também.
Mas já que o papo é incêndio, vamos lembrar do Calçadão mais uma vez: existe um hidrante ali? Se existe, funciona? Quantas simulações de incêndios já foram feitos naquele local onde não é possível o acesso para um carro de bombeiros numa situação de emergência?? É difícil a instalação e os testes desse ou desses hidrantes? As autoridades entendem que é importante a disponibilidade de hidrantes (que funcionem) instalados ali?
Eu gostaria muito que algum político ou alguém ligado ao assunto pudesse nos enviar uma resposta a todas essas perguntas já na próxima edição! Publicaríamos com o maior prazer! Fica aqui o desafio. Mas, voltemos ao assunto:
Jacobina não é mais uma cidade pequena!!! Aqui já precisamos de um Corpo de Bombeiros que é o órgão treinado pra resolver tudo que envolve socorro à vítima, ocorra como ocorrer! Pra quem não sabe, numa cidade grande os bombeiros são chamados até pra tirar gato de cima de poste!
Quantos fatos envolvendo o tema aconteceram aqui nos últimos dias? Eles nos mostraram e nos fizeram sentir a necessidade que temos de já ter aqui esses anjos da terra como são tratados em todos os lugares!
Por outro lado, precisamos ter a consciência de que não é somente a presença de um Corpo de Bombeiros que vai evitar que as tragédias nos aconteçam. Os infortúnios pode acorrer em qualquer lugar com qualquer pessoa.
E o trabalho preventivo diminue o risco, a possibilidade e pode ser feito por cada um de nós! É até uma questão de responsabilidade.
O ser humano precisa ser menos negligente e mais atencioso e cuidadoso a começar pela própria vida.
Tivemos o fato do rapaz de Cachoeira do Itapemirim que morreu, com traumatismo no crânio, num acidente de carro, praticamente na entrada da cidade, quando vinha em alta velocidade, sem fazer uso do cinto de segurança, se desgovernou na passagem por um caminhão numa curva, perdeu o controle do veículo chocando-se frontalmente num paredão de pedras e foi arremessado para fora do carro indo de encontro ao mesmo.
Aquele rapaz morreu porque não tinha uma UTI em Jacobina para socorrê-lo ou porque estava trafegando fora dos limites dele e do próprio carro??
Não estou dizendo, com esse questionamento, que não precisamos de UTI, mas quero mostrar que meu avô tava certo quando propagava o milenar ditado: “prevenir sempre foi melhor que remediar”.
A imprensa questionou a demora e até mesmo a ausência de membros da defesa civil no resgate aos corpos de dois rapazes que morreram afogados quando tomavam banho nas águas do poço da Cachoeira dos Alves no último final de semana. É evidente que essas duas vidas poderiam ter sido poupadas, por elas mesmas, se alguns cuidados tivessem sido tomados, algumas práticas tivessem sido evitadas.
É importante fazer um questionamento até mesmo para que as pessoas comecem a ver as coisas por um ângulo muito mais profundo: se já tivéssemos, em Jacobina, pessoas da defesa civil com capacidade de resgatar aqueles corpos em tempo célere, elas teriam evitado as mortes daqueles dois homens?...Claro que não!!!! É muito mais uma questão de conscientização própria!
Quem venham os leitos de UTI, o Corpo de Bombeiros, e tudo mais que merecemos, porque uma cidade em desenvolvimento precisa dessas coisas, mas que encontrem aqui um povo civilizado, politizado, que tenha na consciência que é preciso cuidar da própria saúde através de uma educação preventiva, que obedeça as leis de trânsito e acima de tudo que tomem consciência dos limites do próprio corpo e dos perigos que da natureza e os bens matérias impõem quando são ultrapassados em seus regimentos!
Nossa cidade vem crescendo na sua estrutura física, mas acontecimentos como esses, nos fazem refletir que precisamos crescer também num espaço onde é infinitamente importante crescer: na nossa própria consciência!
José Carlos Benigno
16.01.08
sábado, janeiro 12, 2008
O que me faz chorar
Me faz chorar sim! E acho que é um misto de quase tudo! Afinal é como diz uma pessoa especial que conheci:
...Chorar é bom às vezes, sabe?
Desmancha o nó da garganta (quando não o acentua)!
Faz-nos humildes (não que seja humilhação chorar!)!
Tira-nos o chão e nos faz desabar.
Chorar é bom sim!
Faz-nos gritar por respostas e por certezas...
(Carla Cinara)
Quem tem sensibilidade, ao ler algum texto meu, vai perceber que uso a alma para escrever.
E me fez chorar sim, essa semana, vendo mais uma vez, de cima de uma das pontes de Jacobina que cruzam os leitos das águas que imploram um atendimento de alta complexidade, a agonia dos rios que cortam essa cidade! Naquele momento fui cutucado pela própria alma que me pediu mais uma vez em silêncio: “Faz mais alguma coisa! Continua fazendo enquanto ainda agoniza o rio”.
Me fez chorar quando vi meu texto, escrito há alguns anos em defesa do Rio do Ouro e publicado pela primeira vez no extinto Jornal A Notícia da Chapada do amigo Ubirajara Santos, usado num trabalho da Uneb para a defesa da causa! Fiquei emocionado e alegre por ver esta comunidade acadêmica sentir a necessidade e a importância que existe na peleja por esta tão nobre missão que é a luta em defesa da natureza!
Me fez chorar, me vendo no passado escovando os dentes com as águas do Rio do Ouro e imaginando o futuro vendo as pessoas lendo algo sobre o que um dia foi aquele curso de água.
Me fez chorar a percepção do que fizeram com ele!! E é inadmissível!!! Assusta-me, essa inconsciência da sociedade e principalmente daqueles que detêm o poder, e que poderiam ajudar nesta tarefa, que é de cada um de nós, mas que, infelizmente, com raríssimas exceções, quase ninguém faz nada.
Me faz chorar, a lembrança do meu discurso na Tribuna do Plenário da Câmara de Vereadores de Jacobina, em defesa do meio ambiente, que foi longamente aplaudido pelos presentes e depois ecoou sobre as serras e não mais foi ouvido por ninguém! Isso é lamentável.
Me faz chorar a lembrança do meu texto Dois Rios e uma Saudade, que se perdeu no tempo e num espaço vazio onde, infelizmente, não há quem queira ocupar a sensibilidade, a responsabilidade e o trato com aquilo que entendo ser a única coisa perfeita deste universo criado por Deus: a Natureza!!!
Chorei quando li na monografia da acadêmica professora Valdelice Barreto, que valorizou nosso apelo em sua pesquisa, e referiu-se como uma resposta ao nosso grito:
"Se te serve de consolo Benigno, teu grito também é nosso".
Ouço uma sinfonia de gritos professora!!! E o que mais me incomoda e me faz chorar é exatamente aquele: o grito do próprio Rio!!!!
Assinar:
Postagens (Atom)